Bem vindas Escritoras!

Nosso maior trunfo são nossos pensamentos e emoções. Muitas pessoas conseguem externalizar isso através da escrita. Mas poucas sente-se seguras para publicar! Pensando nesse último grupo foi criado esse blog "ESCRITORAS NO ANONIMATO". Aqui, junto de mim, poderão deixar sua marca, suas emoções, seus sentimentos através da escrita. Sinta-se à vontade para contribuir com esse espaço, tendo a certeza que aqui é seu lugar!!

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Moni Lemes


segunda-feira, 25 de abril de 2011

Laurinha Esmeralda

A vida como ela é...

 Sorriso estampado, olhar meigo, cabelos encaracolados, andar de princesa, um pouco acima do peso, transmitia muita tranqüilidade e paz. De quem estamos falando? De você? ou eu? Nada disso cara leitora. Estamos falando de Laurinha Esmeralda... era.... como dizer?............ diferente.
Usava um óculos com haste quebrada, remendada com um esparadrapo que a própria colocou. Não que ela não tivesse um óculos novo. É que esse era de estimação e tinha até nome... “deixa eu vê”. O cabelo era lisinho, sempre com um rabo de cavalo e uma fita vermelha. Uns olhos amendoados e um olhar de sapeca que fazia todos comentar. Umas bochechas rosadas e uma boquinha perfeita, tipo de boneca. Era sempre a menor de todas as crianças, mesmo assim era metida, destemida e corajosa. Vivia reunindo a turma para passar a tarde de brincadeiras. Adorava jogar bola, bolinhas e bolões. Todas as modalidades. Futebol, vôlei, bolita,....... já ouviram falar de bolita?  Trata-se de um jogo feito com bolinhas de vidro que devem ser embocadas em três ou quatro buracos, ou caçapas. Conhecido no país como búrica, búlica, buraca, bolita, firo e outros nomes, esse tipo de jogo tem origem antiga, não se podendo determinar com exatidão em qual época apareceu. Isso era um jogo que Laura amava. Deixava os meninos indignados, pois era comum ganhar as rodadas. Saía de casa com um saquinho de pano, feita pela vó Izildinha, cheio de bolitas e com uma fome de tomar todas dos amiguinhos. Às vezes levava um saquinho fazia no bolso da bermuda só para carregar seus ganhos.
Uma vez, quando voltava para casa, o saquinho de pano abriu e as bolitas começaram a rolar pela rua. Sem pestanejar Laura corria por todos os cantos catando as bolinhas. No meio da correria algumas crianças tentavam roubar algumas e lá vinha a gordinha empurrando cada um e recuperando todas. Acreditem ou não, ela recuperou todinhas!!

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