Bem vindas Escritoras!

Nosso maior trunfo são nossos pensamentos e emoções. Muitas pessoas conseguem externalizar isso através da escrita. Mas poucas sente-se seguras para publicar! Pensando nesse último grupo foi criado esse blog "ESCRITORAS NO ANONIMATO". Aqui, junto de mim, poderão deixar sua marca, suas emoções, seus sentimentos através da escrita. Sinta-se à vontade para contribuir com esse espaço, tendo a certeza que aqui é seu lugar!!

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Moni Lemes


terça-feira, 26 de abril de 2011

Triste Realidade

Estava lendo uma estatística e fiquei impressionada com a triste realidade de milhares de famílias, que passam fome no Brasil e no mundo. Gostaria de compartilhar com vocês esses dados para que possamos refletir sobre o assunto.
NO MUNDO: 70% das pessoas que passam fome no mundo são mulheres. São elas que , nos países em desenvolvimento, cultivam mais de 60% da comida produzida em menos de 1% da terra; 900 milhões de pessoas estão passando fome nesse momento; a cada 3,6 segundos uma pessoa morre de fome. Normalmente é uma criança menos de 5 anos; Nos países em desenvolvimento, metade das mulheres grávidas sofre de anemia. A falta de ferro causa por volta de 110.000 mortes durante o parto a cada ano.
NO BRASIL: Nosso país está em nono lugar com mais pessoas que passam fome no mundo; 28,8% dos brasileiros estão em situação de pobreza absoluta; 36 milhões nunca sabem quando terão a próxima refeição; 21% vivem com menos de R$ 3,50 por dia e por último, 50.000 crianças nascem todos os anos com deficiências mentais, apenas por falta de iodo na alimentação das mães.
Fonte: IPEA, UNICEF, FAO e ACTION INTERNACIONAL

E agora? O que fazemos com isso?


segunda-feira, 25 de abril de 2011

Laurinha Esmeralda

A vida como ela é...

 Sorriso estampado, olhar meigo, cabelos encaracolados, andar de princesa, um pouco acima do peso, transmitia muita tranqüilidade e paz. De quem estamos falando? De você? ou eu? Nada disso cara leitora. Estamos falando de Laurinha Esmeralda... era.... como dizer?............ diferente.
Usava um óculos com haste quebrada, remendada com um esparadrapo que a própria colocou. Não que ela não tivesse um óculos novo. É que esse era de estimação e tinha até nome... “deixa eu vê”. O cabelo era lisinho, sempre com um rabo de cavalo e uma fita vermelha. Uns olhos amendoados e um olhar de sapeca que fazia todos comentar. Umas bochechas rosadas e uma boquinha perfeita, tipo de boneca. Era sempre a menor de todas as crianças, mesmo assim era metida, destemida e corajosa. Vivia reunindo a turma para passar a tarde de brincadeiras. Adorava jogar bola, bolinhas e bolões. Todas as modalidades. Futebol, vôlei, bolita,....... já ouviram falar de bolita?  Trata-se de um jogo feito com bolinhas de vidro que devem ser embocadas em três ou quatro buracos, ou caçapas. Conhecido no país como búrica, búlica, buraca, bolita, firo e outros nomes, esse tipo de jogo tem origem antiga, não se podendo determinar com exatidão em qual época apareceu. Isso era um jogo que Laura amava. Deixava os meninos indignados, pois era comum ganhar as rodadas. Saía de casa com um saquinho de pano, feita pela vó Izildinha, cheio de bolitas e com uma fome de tomar todas dos amiguinhos. Às vezes levava um saquinho fazia no bolso da bermuda só para carregar seus ganhos.
Uma vez, quando voltava para casa, o saquinho de pano abriu e as bolitas começaram a rolar pela rua. Sem pestanejar Laura corria por todos os cantos catando as bolinhas. No meio da correria algumas crianças tentavam roubar algumas e lá vinha a gordinha empurrando cada um e recuperando todas. Acreditem ou não, ela recuperou todinhas!!

domingo, 24 de abril de 2011

O Início de tudo...

De novo aquela sensação de cansaço, uma vontade de dormir, meu rosto chama a atenção das pessoas do outro lado da rua. Pareço uma panda. A panda, designação comum a duas espécies de mamíferos da ordem dos carnívoros, mas que, no entanto alimentam-se quase exclusivamente de bambus, pobre panda a beira da extinção. Cada filhote que nasce é esperado pelos chineses com uma festa nacional. Uma vez vi um documentário sobre sua gravidez e parto, fiquei com pena em ver que os filhotes não ficavam muito tempo com a mãe. São separados para que ela possa entrar no cio e iniciar o ciclo novamente. Fiquei impressionada com a tristeza dela quando os filhotes eram retirados. Começou a chorar e procurava por um longo tempo... foi de matar mesmo! Assisti esse documentário numa noite como esta, do mesmo jeito que assisto TV todas as noites, nessa mesma hora, nesse mesmo quarto, nessa mesma cama.